Home
Sobre Antonio Miranda
Currículo Lattes
Grupo Renovación
Cuatro Tablas
Terra Brasilis
Em Destaque
Textos en Español
Xulio Formoso
Livro de Visitas
Colaboradores
Links Temáticos
Indique esta página
Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto: www.theclinic.cl

 

WALDO ROJAS
( Chile )

Nasceu em Concepción em 1943. Realizou estudos universitários em Santiago, na Universidad de Chile; e é redator do Boletín da mesma instituição.
Publicou poemas em jornais e revistas da capital e das províncias.
É autor de “Agua Removida”, poemas, 1964, “Dos poetas de la ALCIN”, poemas em colaboração com Santiago del Campo, e foi incluído na antologia literária “ALCIN, poesia, cuento, ensayo”.

 

“ORFEO”   REVISTA DE POESIA Y TEORIA POÉTICA.  no. 13 – 14.  Diretores: Jorge Velez - Jorge Teillier.Santiago – Chile – Editorial Universitária,  sin fecha, sin     
paginación... No. 10 383
Exemplar da biblioteca de ANTONIO MIRANDA

 

TEXTO EN ESPAÑOL – TRADUÇÃO EN PORTUGUÊS


MOSCAS


Vivíamos la tarde de un domingo abrumador.
Era Verano en el hemisferio que pisábamos según el orden
de los astros.
Enredados en el ocio, paseábamos de silla en silla a tro

pezones
era Verano por la tarde
y el resto del cuadro lo ponían las moscas.

Había un Universo disperso por la pieza:
botellas vacías,
hojas de algún diario, un plumero impotente entregado al polvo,
y bostezando hasta quedarse ardía el aire por los cuatro
costados.

“No hay peor poema que el que no se escribe”, me dije callado
gritándome al oído en despoblado.
Y lo único real, consistente en sí mismo, eran la moscas.
Muchas moscas, torpes moscas cayéndonos encima en arribos
sucesivos
y despegues.
Ardió el aire por sus cuatro costados y nos sobraba un par de brazos,
estaban de más las piernas y todo el cuerpo era lujo inútil,
artículo suntuario adquirido a la fuerza
en virtud de la artimaña de un hábil vendedor.

Saltimbanquis del aire, trapecistas, migajas de un gran demonio
pulverizado,
esas tiernas sucias moscas, diminutos ídolos del asco universal.
No habíamos sobrevivido a nuestra fábula feroz:
un joven matrimonio derretido sobre el suelo, melaza pura
a merced de un día de Verano, a merced de la estrategia
de las moscas.
Y era domingo como cien veces más fue domingo en los veranos
desde aquel día,
y desde aquel día,
y desde cada día en que el sol encendía el aire
y un zumbido tañía en los vidrios y crecía una inquietud
por todas partes. Algo que desde afuera penetraba, un cierto líquido
agresivo, un licor cáustico que diluía la carne
y la memoria;
algo que le pasaba al tiempo no nos tenía conformes.

?Quién detiene el cauce de las cosas y los hechos
en este punto, como un puente que se desploma,
mientras pasa el día mutilado arrastrando los
miembros trabajosamente…?

No hay peor poema que el que no se escribe, me dije,
entretanto
la poesía rescataba a sus heridos, de los diente para adentro:
de los ojos para afuera, lo único real eran las moscas.

 

TRADUÇÃO EN PORTUGUÊS

Estávamos vivenciando uma tarde de domingo avassaladora.
Foi verão no hemisfério que caminhamos em ordem
das estrelas.
Enredados no lazer, caminhamos de cadeira em cadeira para
tropeções

era Verão à tarde
e o resto da pintura foi feito pelas moscas.

Havia um Universo espalhado pela sala: 
garrafas vazias,
folhas de algum diário, um espanador impotente entregue ao pó,
e bocejando até queixar-se, ardia o ar por todos os quatro
lados.

“Não há poema pior do que aquele que não se escreve”, disse para mim mesmo calmamente
gritando em meu ouvido no deserto.E a única coisa real, consistente em si mesma, eram as moscas.
Muitas moscas, moscas desajeitadas caindo sobre nós nas chegadas
sucessivo e decolagens.
O ar queimava nos quatro lados e sobrava um par de braços,
as pernas estavam demais e todo o corpo era um luxo inútil,
aartaigo santuário adquirido à força
em virtude do truque de um hábil vendedor.

Acrobatas do ar, trapezistas, migalhas de um grande demônio
pulverizado,
essas tenras moscas sujas, pequenos ídolos do nojo universal.
Não havíamos sobrevivido à nossa feroz fábula:
um jovem casal derreteu no chão, puro melaço
à mercê de um dia de Verão, à mercê da estratégia
das moscas.
E era domingo, cem vezes mais, era domingo no verão
desde aquele dia,
e desde todos os dias que o sol iluminava o ar
e um zumbido soou nas janelas e uma inquietação cresceu
em todos os lugares. Algo que penetrou de fora, um certo líquido
agressivo, um licor cáustico que diluía a carne
e a memória;
algo que aconteceu com o tempo não nos deixou satisfeitos.

Quem interrompe o fluxo de coisas e eventos
Neste ponto, como uma ponte que desaba,
enquanto ele passa o dia mutilado arrastando seusmembros laboriosamente…?

Não há poema pior do que aquele que não está escrito, disse a mim mesmo,
entretanto
a poesia resgatava seus feridos, de dentro para fora:
Dos olhos para fora, a única coisa real eram as moscas.


*
VEJA e LEIA outros poetas do CHILE em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/chile/chile.html

Página publicada em maio de 2025.


 

 

 
 
 
Home Poetas de A a Z Indique este site Sobre A. Miranda Contato
counter create hit
Envie mensagem a webmaster@antoniomiranda.com.br sobre este site da Web.
Copyright © 2004 Antonio Miranda
 
Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Click aqui Home Contato Página de música Click aqui para pesquisar